sábado, julho 09, 2016

Nos Bastidores das Almas

Nos Bastidores das Almas

Naquele muro estava uma rima, 
antes eu me sentia tal qual um vintém 
e, numa senda, só, sem alguém
Via no clarão a pele: — Obra prima!...

Na jornada, com frases sublimes, 
um lampadário me levou ao além 
com ar puro: — Esperança de alguém 
encarcerado na carne e sem clima.

... No passado, ah, tua esfinge na tela! 
Quisera tua face, (A mais bela!) 
cativaste meu rosto, Soberana!

Urge um tempo: — um Mundo de Paz. 
Na mente está teu semblante lilás:
— Amo-te, eternamente, Veneranda!

Machado de Carlos

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